Ciranda Pedagógica

CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA DO SUL - IPA (PEDAGOGIA - LICENCIATURA)

Atividade referente às disciplinas de: Educação e Corporeidade; Didática, Necessidades Educativas Especiais e Prática Pedagógica III.


Observação dos alunos em sala de aula, pátio e estrutura física da escola.

Número de alunos total na escola: Em torno de 1200 alunos.

Série que realizou a(s) observação (s): 2º ano do Ensino Fundamental.

Número de alunos total da turma que foi observada: 28

Número de alunos com NEE em toda a escola: São dois alunos Um aluno com muletas no 1º ano do Ensino Médio e um com Hiperatividade 6ª do Ensino Médio.

Número de alunos com NEE na turma observada: Não possui alunos com NEE na turma observada.

Que necessidades: Não se aplica.

Quais as idades respectivamente: Não se aplica.

Quantos professores na turma: Uma Professora

A escola possui acessibilidade físicas e na comunicação (interpretes, etc.), quais? Possui acessibilidade só na parte de baixo da escola, um cadeirante não tem acesso no segundo andar da escola. Possui um banheiro para cadeirante com a pia mais baixa. Não possui interpretes, pois não possui nenhum aluno que necessite.

Descrição do local de observação: estrutura física e organizacional (instalações físicas, direção, secretaria, conselhos, associações/grêmios, turmas/séries, horários de funcionamento, normas disciplinares para estudantes, professores/as e funcionários/as).

A escola possui em torno de 31 salas de aula, está em funcionamento em turno integral, sendo que a noite funciona como EJA, possui uma sala com jogos pedagógicos e livros para crianças das séries iniciais, biblioteca para as demais séries, pátio com duas quadras de vôlei e uma de basquete e futebol, não possui ginásio e nem área de lazer coberta. Sala dos professores, da direção, sala da coordenação pedagógica e secretaria tudo na parte de baixo da escola e de fácil acesso. A observação foi realizada em uma manhã de visitação.

Comente como acontece o processo de matrícula dos alunos com NEEs:
Não ocorre uma diferenciação na matrícula desses alunos.

Como é desenvolvido o programa curricular dos alunos com NEEs, no que se refere ao processo ensino e aprendizagem. Tem adaptação de programa? E quanto ao desenvolvimento das atividades, como acontece?
As aulas são adaptadas de acordo com a NEE de cada aluno nesses dois casos reatados a pedagoga informou que a cada reunião as professoras que acompanham esses alunos relatam o que foi adaptado, por exemplo, para o aluno com Hiperatividade são disponibilizadas mais atividades pois, ele solicita mais, do que os demais em aula, para o aluno de muletas só as aulas de Educação Física são adaptadas mas ela disse que este aluno é muito bem integrado na turma e que até das aulas de futebol ele participa.

Existe um sistema de suporte técnico-pedagógico para o professor que atua com alunos com NEEs.
A pedagoga informou que o apoio pedagógico está sempre a disposição dos professores, mas que não há qualquer tipo de planejamento específico pra auxiliá-los.

Existe atendimento educacional especializado para os alunos que dele necessitarem. Como acontece.
O apoio ocorre com as pedagogas da escola que são duas nos diferentes turnos, caso ocorra a necessidade é marcado uma reunião com a professora, pedagoga e os pais do aluno.

Quanto ao planejamento dos planos de aula. Quais as orientações que são dadas ao professor.
Os planejamentos são estruturados no início do ano letivo e discutidos em reuniões trimestrais.

Que dinâmicas e recursos são utilizadas na sala de aula.
São utilizados recursos sonoros, motores e visuais pois a sala é decorada pelos trabalhos do alunos, recursos sonoros são explorados com o auxilio de vídeos e musicas tocadas para o desenvolvimento das atividades.

Como acontece o processo de avaliação
A avaliação é descritiva aonde são avaliados a postura em sala de aula, as atividades desenvolvidas na sala, o caderno e os temas.

QUANTO A OBSERVAÇÃO NA SALA DE AULA

1 Perfil sócio económico dos/das estudantes.
São alunos de classe média.

2 Estruturação da sala de aula.
As salas possuem cadeiras e classes para todos os alunos, o espaço físico é colorido e bem organizado, a sala possui um armário com materiais coletivos usados por todos em determinadas atividades.

3 Organização dos alunos em sala de aula
Os alunos sentam e duplas, na explicação do professor são bem atentos, quando estão desenvolvendo às atividades alguns ficam mais agitados

4 Descrição das atividades a serem observadas: da participação professor-aluno, e regência do docente, considerando os seguintes aspectos:

pontualidade do(a) docente
A professora conduz os alunos assim que bate o sinal para entrada.

pontualidade dos(as) discentes
No dia em que eu fui observar só um aluno chegou atrasado e outro faltou, a professora pediram que fizessem fila para se dirigir para sala de aula.

postura do(a) docente regente frente à turma
A professora é muito amável e os alunos adoram ela, os alunos a respeitam e sempre que são chamados atenção eles a atendem.

resolução de situações-problema
A professora conversa e sempre tenta trazer um exemplo do cotidiano delas para sala de aula.

relação aluno(a)/aluno(a)
Todos se dão muito bem, são muito comunicativos e as vezes levantavam para conversar entre si.

relação professor(a)/aluno(a)
Existe uma reação de respeito e afetuosidade, a professora é bastante calma e atende sempre os questionamentos dos alunos. Sempre que precisa de atenção para a explicação da matéria a professora chama os alunos e na maioria das vezes eles param a conversa.

desenvolvimento das atividades
As atividades na sua maioria são atividades bem dinâmicas, os alunos fazem quase sempre de duplas, algumas coisas são passadas no quadro.

Dinâmica de sala de aula (métodos)
Atividades de socialização, são realizadas em duplas ou grupos, algumas não são aceitas por todos os alunos que demonstram alguma insatisfação, mas logo a professora enta num concenso e a atividade é aplicada.

uso da linguagem
A linguagem utilizada era de acordo com o momento de sala de aula, a professora era mais enfática nas horas de propor as atividades e posicionamento dos alunos na sala.

avaliação
A avaliação é realizada pela postura das crianças em sala de aula, os cadernos, atividades desenvolvidas em sala e os temas.

HISTÓRICO DE SUA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA:
a) Solicitar informações sobre a participação na EF escolar e em atividades de recreação e lazer.
A atividade de Educação física é realizada em um período no pátio sem um professor especifico pra isso, é disponibilizado bola e corda ou outro mateiral que esteja disponível na sala de educação física. Não há um planejamento pra aula.
b) A turma realiza atividades com professor(a) regente da turma ou professor de educação física.
Não tem professor de educação física para a turma é a professora de sala de aula que vai com as crianças para o pátio da escola.
c) Identificar adaptações realizadas em jogos, atividades recreativas e práticas desportivas.
Não há adaptações porque não existe alunos com NEE na sala.
d) Como foi a atuação do professor(a).
O professor disponibiliza o materiais para os alunos e faz com que sigam ela numa atividade de alongamento inicial, depois ela deixou eles com bolas e corda de pular.
e) Fatores motivacionais para a prática de atividade.
A professora inicia a atividades com os alunos mas logo eles oedem para jogar bola ou brincar entre eles.
f) O aluno(a) sente alguma dor, desconforto no dia a dia?
A professora disse que na maioria dos dias não ocorre.

(Educação e Corporeidade; Didática Planejamento e Avaliação; Necessidades Educativas Especiais e Prática Pedagógica III)

CANTIGAS DE RODA


CANTIGAS DE RODA

As cantigas de roda são manifestações do nosso folclore regional. Fazem parte da ludicidade infantil e são acompanhadas de encenações. Possuem letras, melodias e ritmo simples, sendo de fácil entendimento e memorização pelas crianças. Geralmente apresentam um compasso binário.

As brincadeiras de roda ajudam as crianças na socialização, desinibição, exige das crianças o toque corporal e o olhar frente a frente, auxiliam no desenvolvimento corporal e expressão, ajudando numa importante integração em sala de aula.

Abaixo seguem alguns exemplos de cantigas bem populares:

CIRANDA, CIRANDINHA

Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar

O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
Oa mor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou

Cavalheiro troca o par
Este par não é o meu
Este par está trocado
O meu está de azul
Este está de encarnado

NÃO ATIRE O PAU NO GATO

Não atire o pau no gato-to
Porque isso-so
Não se faz, faz, faz
O gatinho-nho
É nosso amigo-go
Não devemos, não devemos
Maltratar os animais!
Jamais!!

MARCHA SOLDADO

Marcha Soldado
Cabeça de Papel
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel

O quartel pegou fogo
A polícia deu sinal
Acorda acorda acorda
A bandeira nacional

SAMBA CRIOULA

Samba crioula
Que veio da Bahia
Pega a criança
E joga na bacia

Abacia é de ouro
Areada com sabão
E depois de areada
Enxugada com um roupão
Com o roupão

O roupão é de seda
Camisinha de filó
Cada um pegue seu par
Para dar benção a vovó

Abenção, vovó !
Abenção, vovó!

PIRULITO QUE BATE BATE

Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
Quem gosta de mim é ela
Quem gosta dela sou eu

Pirulito que bate bate
PIrulito que já bateu
A menina que eu gostava
Não gostava como eu


CAPELINHA DE MELÃO

Capelinha de melão
É de São João
É de cravo, é de rosa,
É de manjericão
São João está dormindo
Não acorda, não
Acordai, acordai,
Acordai, João!

SAMBA LÊLÊ

Samba Lelê está doente
Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
De umas dezoito lambadas

Samba , samba, Samba ô Lelê
Pisa na barra da saia ô Lalá (BIS)

Ó Morena bonita,
Como é que se namora ?
Põe o lencinho no bolso
Deixa a pontinha de fora

Ó Morena bonita
Como é que se casa
Põe o véu na cabeça
Depois dá o fora de casa

Ó Morena bonita
Como é que cozinha
Bota a panela no fogo
Vai conversar com a vizinha

Ó Morena bonita
Onde é que você mora
Moro na Praia Formosa
Digo adeus e vou embora

O CRAVO E A ROSA

O Cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo ficou ferido
E a Rosa despedaçada

O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
A Rosa pos-se a chorar

A BARATA DIZ QUE TEM

A Barata diz que tem sete saias de filó
É mentira da barata, ela tem é uma só
Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só !

A Barata diz que tem um sapato de veludo
É mentira da barata, o pé dela é peludo
Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo !

A Barata diz que tem uma cama de marfim
É mentira da barata, ela tem é de capim
Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim

A Barata diz que tem um anel de formatura
É mentira da barata, ela tem é casca dura
Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura

A Barata diz que tem o cabelo cacheado
É mentira da barata, ela tem coco raspado
Ah ra ra, ia ro ró, ela tem coco raspado

FONTE:

http://www.muitamusica.com.br/23683-cantigas-populares/672558-brincadeiras-de-roda/letra/ (data:10/06/2010)
http://www.sppapetropolis.org.br/curiosid.htm (data:25/06/2010)
http://www.alzirazulmira.com/cantigas.htm#marcha (data:26/06/2010)

(Educação e Corporeidade)


PLANO DE AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
EDUCAÇÃO E CORPOREIDADE
Prof.ª ALESSANDRA SILVA QUADROS
ACADÊMICAS: BÁRBARA AZAMBUJA, EMILLY SILVA E PAOLA SATURNINO.

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professoras: Bárbara Azambuja, Emilly Silva e Paola Saturnino.
Escola: Ciranda Pedagógica
Turma: Manhã
Série: 3º ano
Data: 11/06/2010

TRANSTORNOS DE TIQUES E DEFICIENTES FÍSICOS

OBJETIVO
Promover a integração e socialização dos alunos nas atividades propostas, desenvolvendo o aspecto cognitivo através das perguntas e do tema proposto pelo professor. Desenvolver o aspecto motor, motricidade ampla, atenção e reflexo.

RECURSOS
· Bola;
· Garrafa de água mineral 5l vazia;
· Cartões com perguntas;

ORGANIZAÇÃO PRAGMÁTICA DO TEMPO DE AULA
Tempo de aula: 45min
Parte inicial: 10min

ABRIR A PORTA

Os jogadores de mãos dadas formam um círculo, exceto um que ficará de fora. Dado o sinal, o jogador que está fora do círculo caminhará e gritará: janelinha, janelinha, portinha, campainha. Nesse momento ele bate nas costas de um dos colegas, este terá que sair e tentar pegá-lo enquanto ele tenta pegar o lugar deixado pelo colega. Como nós temos alunos com Necessidades Educativas Especiais às crianças não podem correr terão que caminhar para que todos possam participar sem se machucar.
Parte principal: 30min

TU FALAS E EU RETRUCO

Formação em círculo, onde cada participante será numerado. O professor segurando uma bola inicia uma visita a um Zoológico, por exemplo. Eu fui ao Zoológico e, logo na entrada, avistei UMA arara, o aluno com o número UM pega a bola e retruca UMA arara não, SEIS macacos, atirando a bola no número SEIS. O aluno correspondente ao número SEIS retruca SEIS macacos não, QUINZE tartarugas, tocando a bola no colega correspondente ao número. E assim por diante. Quando alguém errar, ou deixar a bola cair no chão, deve sortear uma pergunta que está no pote ao centro da roda, depois de responder todos trocam de lugar e o aluno que “errou” inicia uma nova rodada, porém, visitando outro lugar.
Parte Final: 05min

RELAXAMENTO

Sentados em rodinha as crianças devem fechar os olhos, inspirando pelo nariz e expirando pela boca, devem prestar atenção na passagem de ar por dentro do corpo e devem fazer o ar chegar até a barriga, sempre que inspirarem procurar encher primeiro os pulmões depois a barriga. Repetir cinco vezes este ciclo. Assim que as crianças ficaram calmas pedimos para que imaginem um campo bem verdinho com flores bem coloridas, vamos fazer com que as crianças cheguem perto das flores e sintam o seu cheiro, depois elas vão enxergar um rio bem calminho, com águas limpinhas e com peixes coloridos. Agora elas vão sentir o calorzinho do sol que esta sobre elas, o professor vai resaltar que as crianças sintam o calor do sol em todo corpo e como essa sensação é gostosa e quentinha. Após essa sensação de bem estar o professor irá pedir para que as crianças comecem bem devagar a espreguiçar e bocejar abrindo os olhos bem devagar. Finalizando assim a aula e retornando para sala de aula.

(Educação e Corporeidade)

FOTOS:



AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA EDUCAÇÃO E CORPOREIDADE



Prof.ª ALESSANDRA SILVA QUADROS



ACADÊMICAS: BÁRBARA AZAMBUJA, EMILLY SILVA E PAOLA SATURNINO.





PAOLA, EMILLY E BÁRBARA


GARRAFA COM AS PERGUNTAS DA ATIVIDADE PRINCIPAL


EXPLICAÇÃO DA ATIVIDADE



DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE






(Educação e Corporeidade)

Professora: Elisangela Ribas

DEFESA SOBRE PLANEJAMENTO EM SALA DE AULA

Bárbara Reis da Silva Azambuja

Este trabalho tem por objetivo defender o planejamento em sala de aula com base no livro Planejamento Como Prática Educativa (1986), de Danilo Gandin.

O planejamento é fundamental para que o conteúdo a ser trabalhado em sala de aula alcance o seu objetivo e eficiência. Conforme Gandin (1986, p.16): “O planejamento e um plano ajudam a alcançar a eficiência. Isto é, elaboram-se planos, implanta-se um processo de planejamento a fim de que seja bem feito aquilo que se faz dentro dos limites previstos para aquela execução.” .

A eficácia é outro ponto a ser atingido com o propósito de que o que for aplicado atinja a todos em aula. De acordo com Gandin (1986, p.17): “A eficácia é atingida quando se escolhem, entre muitas ações possíveis, aquelas que, executadas, levam à consecução de um fim previamente estabelecido e condizente com aquilo que se crê.” .

O planejamento tem a sua importância não só em sala de aula, mas também nas atividades humanas, é importante que o professor leve o planejamento para a sua vida pessoal, pois é um profissional que não pode e nem deve separar a sua vida pessoal da profissional. Conforme cita Gandin (1986, p.17):

É evidente que esta finalidade só é alcançada quando o processo de planejamento é concebido como uma prática que sublinhe a participação, a democracia, a libertação. Então o planejamento é uma tarefa vital, união entre vida e técnica para o bem estar do homem e da sociedade.

É de extrema importância que tenhamos a finalidade do plano de aula bem definida, para que o plano elaborado seja bem aplicado, tenha o seu objetivo alcançado e seja bem compreendido. Gandin (1986, p.18 e 19) cita que existem pontos essenciais que não podem faltar em um planejamento:

“Todas as definições que incluo – elas serão muito mais provavelmente – têm em comum pontos essenciais, sem o que não se pode falar em planejamento.
a) Planejar é transformar a realidade numa direção escolhida.
b) Planejar é organizar a própria ação (de grupo, sobretudo).
c) Planejar é implantar “um processo de intervenção na realidade” (ELAP).
d) Planejar é agir racionalmente.
e) Planejar é dar clareza e precisão à própria ação (de grupo, sobretudo).
f) Planejar é explicar os fundamentos da ação do grupo.
g) Planejar é por em ação um conjunto de técnicas para racionalizar a ação.
h) Planejar é realizar um conjunto orgânico de ações, proposto para aprimorar uma realidade a um ideal.
i) Planejar é realizar o que é importante (essencial) e, além disso, sobreviver... se isso for essencial (importante).”

Adotando algumas destas definições na confecção do Planejamento se espera que os problemas sejam sanados, mas ainda surgiram questionamentos fundamentais para a execução e aplicação do plano em aula, questionamentos essenciais para Gandin (1986, p.19):

“... estará colocando em sua reflexão alguns elementos que tenderão a questionar continuamente sua ação. Esses questionamentos se farão, essencialmente, em três sentidos:
a) no planejamento temos em vista a ação, isto é, temos consciência de que a elaboração é apenas um dos aspectos do processo e que há necessidade da existência do aspecto execução e do aspecto avaliação;
b) no planejamento temos em mente que sua função é a de tornar clara e precisa a ação, de organizar o que fazemos, de sintonizar ideias, realidade e recursos para tornar mais eficientes nossa ação;
c) temos como definida e em vivencia a ideia de que todo o autoritarismo é pernicioso e que todas as pessoas que compõem o grupo devem participar (mais ou menos, de uma forma ou de outra) de todas as etapas, aspectos ou momentos do processo. ”


Para que os planos de aulas sejam eficientes na sua aplicação devemos sempre nos questionar: - O queremos alcançar? Dessa forma delimitamos nos posicionando ao assunto a ser proposto e discutido em sala de aula.

Devemos ter em mente três pontos bem claros: a elaboração, a execução e a avaliação para que o planejamento seja aplicado de forma satisfatória e alcance os seus objetivos. Segundo Gandin (1986, p.22) planejar é:

“elaborar – decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessário para isso; verificar a que distancia se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir essa distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido;

executar – agir em conformidade com o que foi proposto;

avaliar – revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como um dos documentos deles derivados. "


(Didática Planejamento e Avaliação)

Profª: Francisco Dutra dos Santos Jr.

QUESTÕES DO ART. 13 AO ART.19

RESOLUÇÃO CNE/CNB Nº2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001.

Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial Básica.

1. Conforme o Art.13 os sistemas de ensino devem estar de forma integrada com os sistemas de saúde. Para que isso é necessário? Explique.

2. Conforme o Art. 14 os sistemas públicos de ensino devem ser responsável pela identificação, análise, avaliação da qualidade e da idoneidade, bem como pelo credenciamento de escolas ou serviços, públicos e privados. Tais responsabilidades visão estabelecer qual o tipo de atendimento?

3. No Art.15 consta que a organização e a operacionalização dos currículos escolares são de competência e responsabilidade dos estabelecimentos de ensino. O que devem constar nos seus projetos pedagógicos?

4. Conforme o Art.16 o que deve constar na certificação de conclusão de escolaridade do aluno com grave deficiência mental ou múltipla, que não apresentar resultados de escolarização?

5. No Art.17 com base nos princípios da educação inclusiva deve atender de que forma os alunos com necessidades especiais? Que tipo de parcerias as escolas de educação profissional podem realizar para construir competências necessárias à inclusão dos seus alunos?

6. Conforme o Art.18 o que é necessário para que um professor seja capacitado para atuar em classes comuns com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais? Que tipo de competências os professores especializados em educação especial devem desenvolver?

7. No Art.19 as diretrizes curriculares nacionais estão dispostas para a educação básica e também para qual outra?

(Prática Pedagógica III)




1 INTRODUÇÃO

A elaboração deste trabalho tem por objetivo definir, identificar, os diferentes tipos de deficientes físicos e suas características. O artigo citado apresenta a Lei regulamentadora da Inclusão do aluno com Necessidades Educativas Especiais (NEE) em escola regular.

A percepção do professor ao identificar o aluno com a Deficiência, a adequação da escola e sala de aula para o aluno com Necessidades Educativas Especiais (NEE).

Identificar os aspectos educacionais importantes para a prática pedagógica com o portador de deficiência física, visando o desenvolvimento e aprendizagem da criança com necessidades especiais e o desenvolvimento neuropsicomotor. A importância do ambiente no desenvolvimento dessa criança, a utilização de recursos e materiais pedagógicos adaptados, desenvolvimento de Atividades Cooperativas.

A inclusão no meio escolar e social do portador de deficiência física.



2 DEFINIÇÃO

É a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções (Decreto nº 5.296/04, art. 5º, §1º, I, “a”, c/c Decreto nº 3.298/99, art. 4º, I).


3 TIPOS / CARACTERÍSTICAS

• Amputação – perda total ou parcial de um determinado membro ou segmento de membro;

• Paraplegia – perda total das funções motoras dos membros inferiores;

• Paraparesia – perda parcial das funções motoras dos membros inferiores;

• Monoplegia – perda total das funções motoras de um só membro (inferior ou superior);

• Monoparesia – perda parcial das funções motoras de um só membro (inferior ou superior);

• Tetraplegia – perda total das funções motoras dos membros inferiores e superiores;

• Tetraparesia – perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e superiores;

• Triplegia – perda total das funções motoras em três membros;

• Triparesia – perda parcial das funções motoras em três membros;

• Hemiplegia – perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo);

• Hemiparesia – perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo);

• Ostomia – intervenção cirúrgica que cria um ostoma (abertura, ostio) na parede abdominal para adaptação de bolsa de fezes e/ou urina; processo cirúrgico que visa à construção de um caminho alternativo e novo na eliminação de fezes e urina para o exterior do corpo humano (colostomia: ostoma intestinal; urostomia: desvio urinário);

• Paralisia Cerebral – lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central, tendo como consequência alterações psicomotoras, podendo ou não causar deficiência mental.


4 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL.

A Educação Especial na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996

Capítulo V- Da Educação Especial- (Artigos 58 ao 60)

A lei entende como educação especial a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas do aluno, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.

A oferta de educação especial é dever constitucional do Estado e tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil, devendo os sistemas de ensino assegurarem aos educandos com necessidades especiais, currículos, professores e outras condições de organização escolar adequadas às necessidades, inclusive dos superdotados.

Em todo o mundo se iniciou um processo de reintegração da criança portadora de deficiências ou distúrbios de aprendizagem na Escola e classes comuns.

O nome desse movimento mundial é Educação Inclusiva, que propõe o atendimento da criança em classes comuns, garantindo-se as especificidades necessárias, com um atendimento de um professor especialista ao professor da classe comum.

O mais importante documento que norteia a Educação Inclusiva é a Declaração de Salamanca.

Esta é ao mesmo tempo, uma Declaração de Direitos e uma proposta de ação. Surgiu na Conferência Mundial, patrocinada pela UNESCO em junho de 1994, em Salamanca, na Espanha.

Tem como objetivo maior garantir o direito a todos os alunos, com qualquer grau de deficiência ou distúrbio de aprendizagem, ao que comumente chamamos e Educação Comum.


5 O PROFESSOR IDENTIFICA AS DIFICULDADES.

O professor é que na maioria dos casos sugere aos pais a busca por orientação médica, essa orientação se dá através de uma observação severa dos movimentos da criança, comportamentos como o de cabeça e tronco, sentar rolar, na hora da alimentação e do sono não fundamentais para esse diagnóstico de alterações importantes no desenvolvimento.

Pode ocorrer o caso de a criança já ter sido diagnosticada com a deficiência, o objetivo então se torna o de inclusão no ambiente escolar, permitindo que ela faça parte das propostas definidas para a turma participando e sendo assistida pelo professor atentamente.

Considerando o aspecto legal inserido na lei, e o científico em que de acordo com Vygotsky apud CARNEIRO (1991, p.101) "o ser humano cresce num ambiente social e a interação com outras pessoas é essencial a seu desenvolvimento", estas exigências requererem da escola uma nova estrutura, um novo conceito em relação à formação do futuro cidadão e uma visão renovada de seus conceitos e pré-conceitos com relação ao diferente.

"A questão da integração representa um movimento de inovação do sistema de ensino que, em princípio, já deveria existir, abrangendo as diferenças existentes mesmo entre os não deficientes" CARNEIRO (1997, p.33).



6 MODIFICAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR

Algumas modificações são necessárias para a inclusão dos portadores de deficiência física, abaixo segue uma lista com sugestões para melhorar a acessibilidade e o convívio.

6.1 MODIFICAÇÕES NO PRÉDIO ESCOLAR:

1. Pequenos degraus inclinados ou rampas.

2. Corrimões próximos a bebedouros, a assentos dos banheiros e à lousa.

3. Remoção de classes para possibilitar a passagem de cadeira de rodas, ou muletas.

4. Modificação, nas classes e cadeiras para maior conforto dos que tipoias, órteses e próteses.

5. Tapetes antiderrapantes.

6. Portas largas.

7. Cantos arredondados no mobiliário.

6.2 MODIFICAÇÕES EM SALA DE AULA

1. Forrar a classe com papel, com fita adesiva, para facilitar à escrita.

2. Suportes para livros.

3. Assentos giratórios nas carteiras.

4. Descanso para os pés.

5. Aumentar o calibre do lápis, enrolando-o com fita crepe, cadarço ou ainda espuma.

6. Mobília que atenda problemas específicos do aluno.

7. Providenciar ajudas especifica conforme as necessidades do aluno.

7 DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS EM RELAÇÃO À DEFICIÊNCIA FÍSICA

O modo que ocorre o desenvolvimento de uma criança sem deficiência deve ser a base para qualquer avaliação da criança com deficiência física. Devemos avaliar alguns pontos principais para o desenvolvimento de toda criança.

• O desenvolvimento ocorre da cabeça para os pés. Primeiro controla os olhos, depois as mãos e braços, posteriormente ocorre o domínio dos pés, passando a explorar o meio.

• O desenvolvimento também ocorre da área central do corpo para a periférica, primeiro ocorre o domínio do braço e coxa, depois mãos e pés e logo após os dedos, partindo assim do geral para o específico dos grandes para os pequenos músculos.

Conforme os autores:
É normal que a criança com deficiência encontre dificuldades na interação com o meio, mas mesmo essas diferenças não deverão ser entendidas como padrão de dificuldades que pode ser estabelecido para julgar todas as crianças que se enquadram nesse perfil. A qualidade do relacionamento com os adultos (pais na família, professor na escola) será determinante para minorar ou agravar a descoberta de habilidades e de possibilidades da criança nas suas tentativas de interação social (VAYER & RONCIN, 1989).

8 MATERIAIS E RECURSOS ADAPTADOS

Cada aluno apresenta um tipo de NEE em especial, os materiais devem ser adaptados com o propósito de facilitar e auxiliar o aprendizado desse aluno. Os materiais devem ser confeccionados a partir da necessidade do aluno em sala de aula.

Devemos levar em consideração alguns pontos necessários para a confecção do material:

• Necessidades do aluno;
• Características físicas e motoras;
• O desenvolvimento e interação do aluno no ambiente de aula
• Observar o aluno no contexto em sala de aula;
• Definir os materiais utilizados;
• Experimentar o material com o aluno;
• Observar se o material supriu as necessidades do aluno, adaptando sempre que necessário.



8.1 BANCO DE IDÉIAS DE MATERIAIS ADAPTADOS

8.1.1 Dominó das cores

Facilitam à nomeação das cores, as peças são grandes e para facilitar o manuseio, o material pode ser higienizado, pois é confeccionado com tinta lavável.
Descrição: Material feito em madeira, medindo 4 cm de comprimento, 9 cm de largura e 1 cm de espessura. Cada peça possui duas cores. Uso de tinta lavável.

8.1.2 Jogo da memória

Desenvolve a memória visual e atenção concentrada, pode ser trabalhada com figuras que contenham meios de transporte, relação entre quantidade e numeral ou qualquer outro assunto trabalhado em sala de aula. O material é de simples manuseio, pode ser manuseado com pinças laterais, em dois ou mais dedos ou ambas as mãos para empurrar e virar as peças.
Descrição: Jogo elaborado com tampas de maionese ou qualquer outro tipo de tampa do tipo médio a grande, colados sobre pares de figuras.

8.1.3 Quadro Agarradinho

Disponibiliza ao aluno uma alternativa de comunicação. Desenvolvido para alfabetização de alunos com paralisia cerebral.
Descrição: Material confeccionado com lâmina de compensado, forrado com espuma fina e encapado com tecido emborrachado. Quatro faixas de velcron que permitem grudar saquinhos cheios de areia ou arroz. Nesses saquinhos são colados numerais, letras ou formas geométricas. O quadro mede 70 cm de comprimento por 50 cm de largura, tamanho ajustável à necessidade do aluno.

8.1.4 Multiplicação em Pizza

Material confeccionado para alunos com dificuldades em manusear lápis e papel. Permite a multiplicação entre os números apenas trocando o multiplicador central.
Descrição: Em madeira de forma circular, com diâmetro de 35 cm e espessura de 2 cm, no centro possui uma abertura também em forma de círculo, na qual os multiplicadores podem ser trocados. Recurso acompanhado de toquinhos de madeiras em forma de quadrados com os numerais inscritos, que serão utilizados para exibir o resultado da operação aritmética.

8.1.5 Atividades de recorte

A criança com deficiência física não pode participar de atividades de recorte e colagem a menos que a tesoura seja adaptada, temos que analisar qual é o tipo de habilidade (fechar ou bater a mão) desse aluno e assim construirmos uma tesoura adaptada. Se esse aluno não consegue usar a tesoura e segurar o papel devemos passar a atividade que era individual para coletiva, um aluno segura o papel, o outro recorta e um próximo passa a cola, assim todos juntos podem participar da atividade.

8.1.6 Atividades de Desenho e Pintura

Para as atividades de desenho e pintura podemos desenvolver algumas adaptações, podemos fixar a folha com fita adesiva na classe, adaptar o lápis de colorir com espuma macia enrolada na volta do lápis para aumentar a superfície de contato, adaptar uma bola de borracha encontrada em farmácias e utilizada como “sugador de leite” no lápis, são algumas possibilidades além de órteses para melhorar a posição da mão.

9 ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO CURRÍCULO

Conforme: Parâmetros curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares / Secretaria de Educação Fundamental. Secretaria de Educação Especial. – Brasília: MEC / SEF/SEESP, 1998.

Correspondem ao conjunto de modificações nos elementos físicos e materiais do ensino, bem como aos recursos pessoais do professor quanto ao seu preparo para trabalhar com os alunos. São definidas como alterações ou recursos espaciais, materiais ou de comunicação que venham a facilitar os alunos com necessidades educacionais especiais a desenvolver o currículo escolar.

9.1 MEDIDAS DE ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO CURRÍCULO

• criar condições físicas, ambientais e materiais para o aluno na sua unidade escolar de atendimento;

• propiciar os melhores níveis de comunicação e interação com as pessoas com as quais convive na comunidade escolar;

• favorecer a participação nas atividades escolares;

• propiciar o mobiliário específico necessário;

• fornecer ou atuar para a aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos necessários;

• adaptar materiais de uso comum em sala de aula;

• adotar sistemas de comunicação alternativos para os alunos impedidos de comunicação oral (no processo de ensino aprendizagem e na avaliação).

9.2 SUGESTÕES AO ACESSO DO CURRÍCULO

• agrupar os alunos de uma maneira que facilite a realização de atividades em grupo e incentive a comunicação e as relações interpessoais;

• propiciar ambientes com adequada luminosidade, sonoridade e movimentação;

• encorajar, estimular e reforçar a comunicação, a participação, o sucesso, a iniciativa e o desempenho do aluno;

• adaptar materiais escritos de uso comum: destacar alguns aspectos que necessitam serem apreendidos com cores, desenhos, traços; cobrir partes que podem desviar a atenção do aluno; incluir desenhos, gráficos que ajudem na compreensão; destacar imagens; modificar conteúdos de material escrito de modo a torná-lo mais acessível à compreensão etc.;

• providenciar adaptação de instrumentos de avaliação e de ensino aprendizagem;

• favorecer o processo comunicativo entre aluno-professor, aluno aluno, aluno adultos;

• providenciar softwares educativos específicos;

• despertar a motivação, a atenção e o interesse do aluno;

• apoiar o uso dos materiais de ensino-aprendizagem de uso comum;

• atuar para eliminar sentimentos de inferioridade, menos valia e fracasso.

9.3 ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

• sistemas aumentativos ou alternativos de comunicação adaptado às possibilidades do aluno impedido de falar: sistemas de símbolos (baseados em elementos representativos, em desenhos lineares, sistemas que combinam símbolos pictográficos, ideográficos e arbitrários, sistemas baseados na ortografia tradicional, linguagem codificada), auxílios físicos ou técnicos (tabuleiros de comunicação ou sinalizadores mecânicos, tecnologia microeletrônica), comunicação total e outros;

• adaptação dos elementos materiais: edifício escolar (rampa deslizante, elevador, banheiro, pátio de recreio, barras de apoio, alargamento de portas etc.); mobiliário (cadeiras, mesas e carteiras); materiais de apoio (andador, coletes, abdutor de pernas, faixas restringidoras etc.); materiais de apoio pedagógico (tesoura, ponteiras, computadores que funcionam por contato, por pressão ou outros tipos de adaptação etc.);

• deslocamento de alunos que usam cadeira de rodas ou outros equipamentos, facilitado pela remoção de barreiras arquitetônicas;

• utilização de pranchas ou presilhas para não deslizar o papel, suporte para lápis, presilha de braço, cobertura de teclado etc.;

• textos escritos complementados com elementos de outras linguagens e sistemas de comunicação.

10 CONCLUSÃO

A Integração Escolar é um movimento que visa acabar com a segregação favorecendo, assim as intenções sociais de estudantes deficientes com estudantes considerados normais. Atualmente já é possível perceber resultados positivos a nível de ensino e da aprendizagem (Englert et AL.,1992; Skrtic et AL., 1996; Wang, 1996).

Podemos perceber que a adaptação do meio escolar para as crianças que apresentam Necessidades Educativas Especiais é bastante trabalhosa e diária, mas é dever do cidadão ter direito a educação em escolas regulares e o professor em conjunto com todo o meio escolar deve ser capaz de proporcionar a inclusão em sala de aula e com os demais colegas para que todos ganhem com esse convívio, o retorno a dedicação é enorme são crianças que respondem aos estímulos propostos e só trazem ganhos para todos inseridos no processo de inclusão escolar. Pais, professores, direção, pedagogas e colegas de aula todos serão capazes de identificar o quão é valida essa integração para a vida em sociedade.



REFERÊNCIAS

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?185 Acesso em: 20 março. 2010.

http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=860&catid=192%3Aseesp-esducacao-especial&id=12654%3Asaberes-e-praticas-da-inclusao-educacao-infantil&option=com_content&view=article Acesso em: 12 abril. 2010.

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/rec_adaptados.pdf Acesso em 16 abril. 2010.

http://www.musica.ufrn.br/licenciatura/pcn.pdf Acesso em 05 maio. 2010

Schirmer, Carolina R. et al. Atendimento Educacional Especializado. Deficiência Física. Brasília/ DF 2007.

Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais de alunos com deficiência física/neuro-motora. [2. ed.] / coordenação geral SEESP/MEC. - Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. 36 p. (Série: Saberes e práticas da inclusão)

CARNEIRO, Rogéria. Sobre a Integração de Alunos Portadores de Deficiência no Ensino Regular. Revista Integração. Secretaria de Educação Especial do MEC, 1997.

B823p Brasil. Secretaria de Educação Especial. Portal de ajudas técnicas para educação: equipamento e material pedagógico para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física: recursos pedagógicos adaptados / Secretaria de Educação Especial - Brasília: MEC: SEESP, 2002, fascículo 1. 56p: il.

Mantonvan. Maria Teresa Eglér. A integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo; Memmon; Editora SENAC. 1997.



(Necessidades Educativas Especiais)

FILME MISSÃO ESPECIAL

COMENTÁRIO DO FILME MISSÃO ESPECIAL EM RELAÇÃO À INCLUSÃO EM SALA DE AULA.

O filme Missão Especial retrata a busca de Corrine, mãe de dois meninos gêmeos altistas, por igualdade. Ao perceber que a deficiência dos filhos não tem cura trava uma verdadeira luta para proporcionar aos filhos uma vida o mais próxima do normal. Ela enfrenta muitos obstáculos, mas é totalmente dedicada, tem ajuda de um professor que faz com que as crianças comecem a falar, ler e escrever, o desenvolvimento é superior ao esperado e então os meninos são aceitos em uma escola regular. Um dos gêmeos entra para uma equipe de corrida “Cross Country” e o outro é aceito para escola de música.

Corrine conta com a ajuda de seu vizinho Doug Thomas que compartilha os seus problemas, torna-se amigo dos meninos e seu companheiro.

Este filme trás para a sociedade a importância da integração das pessoas com necessidades especiais, questão complexa se levarmos em consideração a forma que a sociedade é organizada. Conforme Mantoan (1997; p.14):

“Pessoas deficientes raramente podem ser vistas em locais públicos e quase nunca em situações que envolvam lazer.
A consequência direta deste quadro é que nenhuma família tem o mínimo de preparo para receber um membro com qualquer tipo de deficiência. A entrada de um membro deficiente na família constitui-se em uma situação traumática e desestabilizante, tendendo a mudar radicalmente o curso da vida e a organização desta família.
Como a deficiência não faz parte de nosso universo, a adaptação à nova realidade é sempre dolorosa e muitas vezes irrealizável.”.

A integração social se dá em primeira estância na escola, já que o professor não tem apenas o papel de ensinar matérias regulares, mas também de incluir as crianças na convivência social.

Segundo Mantoan (1997; p.14):

“É através da escola que a sociedade adquire, fundamenta e modifica conceitos de participação, colaboração e adaptação. Embora outras instituições como a família ou igreja tenham papel muito importante é da escola a maior parcela. Isso torna a questão da integração do deficiente na escola uma questão decisiva não só como questão a curto prazo, mas também no que se refere à organização das gerações futuras.”


A escola regular ao integrar um aluno com necessidades especiais deve ter bem clara a visão de que um aluno portador de deficiência tem restrições e diferentes necessidades, diminuindo, portanto, toda e qualquer expectativa colocada sobre este aluno.

As atividades trabalhadas em sala de aula devem ser adaptadas, acompanhadas pela professora e coordenação pedagógica. A convivência com os demais colegas é extremamente proveitosa entre ambos, pois alunos normais aprendem a respeitar e conviver com diferentes tipos de deficiência. Conforme Mantoan (1997; p.22):

“A normalidade e a anormalidade não podem ser reduzidas ao plano biológico. Mais do que isso, precisam ser consideradas do ponto de vista social. O assumir-se como sujeito e o grau de inserção no processo histórico e cultural independem do fato da pessoa enxergar ou não, ouvir ou não, andar ou não, ter maior ou menor capacidade cognitiva. O essencial não está no instrumento, mas no modo como se dá a inserção do sujeito no contexto social.”.


Fonte: Mantovan, Maria Teresa Eglér – A integração de pessoas com deficiência:
Contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memmon: Editora SENAC, 1997.


Informações Técnicas

Título no Brasil: Missão Especial
Título Original: Miracle Run
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 88 minutos
Ano de Lançamento: 2004
Site Oficial: http://www.lifetimetv.com/movies/in fo/move3599.html
Estúdio/Distrib.: Platina Filmes
Direção: Gregg Champion


(Necessidades Educativas Especiais)

Estudo do texto:

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A fundamentação filosófica


A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) uniu os povos do mundo todo, no reconhecimento de que "todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade" (Art. 1o).

A concepção dos Direitos Humanos fundamenta-se no reconhecimento da dignidade e na universalidade e indivisibilidade desses direitos, porque os direitos civis e políticos são conjugados aos direitos econômicos, sociais e culturais.

Respeito à diversidade, o respeito às diferenças, impulsiona ações de cidadania voltadas ao reconhecimento de sujeitos de direitos. Suas especificidades não devem ser elemento para a construção de desigualdades, discriminações ou exclusões, mas sim, de políticas afirmativas de respeito à diversidade, para a construção de contextos sociais inclusivos.

A proposta de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Os Direitos Humanos sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social.

A identidade pessoal e social é essencial para o desenvolvimento de todo indivíduo, enquanto ser humano e enquanto cidadão. É construída na trama das relações sociais que permeiam sua existência cotidiana. Assim, há que se esforçar para que as relações entre os indivíduos se caracterizem por atitudes de respeito mútuo, representadas pela valorização de cada pessoa em sua singularidade, ou seja, nas características que a constituem.

Para que a igualdade seja real, ela tem que ser relativa, significa que as pessoas são diferentes, têm necessidades diversas e o cumprimento da lei exige que a elas sejam garantidas as condições apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir as oportunidades existentes. Há que se enfatizar aqui, que tratamento diferenciado não se refere à instituição de privilégios, e sim, a disponibilização das condições exigidas, na garantia da igualdade.

A família é o primeiro espaço social da criança, no qual ela constrói referências e valores e a comunidade é o espaço mais amplo, onde novas referências e valores se desenvolvem. A participação da família e da comunidade traz para a escola informações, críticas, sugestões, solicitações, desvelando necessidades e sinalizando rumos.

Este processo aproxima a escola da realidade social na qual seus alunos vivem. A escola é um dos principais espaços de convivência social do ser humano, durante as primeiras fases de seu desenvolvimento, com o papel primordial no desenvolvimento da consciência de cidadania e de direitos.

Estas ações não repercutem diariamente, pois ainda falta o desenvolvimento de projetos pelas escolas para a aproximação dos familiares no ambiente escolar.

Uma proposta de educação para a paz deve sensibilizar os educadores para novas formas de convivência baseadas na solidariedade e no respeito às diferenças, valores essenciais na formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres e sensíveis para rejeitarem toda a forma de opressão e violência.

Atividades desenvolvidas pela escola com ações diretas na comunidade, o envolvimento da Brigada Militar, por exemplo, com palestras para os alunos e familiares, palestra de Agentes de Saúde buscando enfatizar a melhoria na qualidade de vida da comunidade, trabalhos desenvolvidos pelos alunos enfatizando o respeito mutuo, as diferentes formas de credo, cor e forma de se expressar, são boas ações que ajudam e diminuem as diferenças na sociedade.

A deficiência foi, inicialmente, considerada um fenômeno metafísico, determinado pela possessão demoníaca, ou pela escolha divina da pessoa para purgação dos pecados de seus semelhantes. Séculos da Inquisição Católica e posteriormente, de rigidez moral e ética, da Reforma Protestante, contribuíram para que as pessoas com deficiência fossem tratadas como a personificação do mal e, portanto, passíveis de castigos, torturas e mesmo de morte.

À medida que conhecimentos na área da Medicina foram sendo construídos e acumulados na história da humanidade, a deficiência passou a ser vista como doença, de natureza incurável, gradação de menor amplitude da doença mental.

No Brasil, as primeiras informações sobre a atenção às pessoas com deficiência. Remontam à época do Império. Seguindo o ideário e o modelo ainda vigente na Europa, de institucionalização, foram criadas as primeiras “instituições totais”, para a educação de pessoas cegas e de pessoas surdas.

O Brasil tem definido políticas públicas e criado instrumentos legais que garantem tais direitos. A transformação dos sistemas educacionais tem se efetivado para garantir o acesso universal à escolaridade básica e a satisfação das necessidades de aprendizagem para todos os cidadãos.

Nos anos 60 e 70, grande parte dos países, tendo como base a Declaração Universal dos Direitos Humanos, buscou um novo modelo, no trato da deficiência. A proposição do princípio da normalização contribuiu com a ideia de que as pessoas diferentes podiam ser capacitadas para a vida no espaço comum da sociedade. Da segregação total, passou-se a buscar a integração das pessoas com deficiência, depois de capacitadas, habilitadas ou reabilitadas. A esta concepção modelo denominou-se Paradigma de Serviços.

Instituição Total - "um lugar de residência e de trabalho, onde um grande número de pessoas. excluído da sociedade mais ampla, por um longo período de tempo, leva uma vida enclausurada e formalmente administrada" (Goffan, 1962).

Nos anos 60 e 70, ideia de que as pessoas diferentes podiam ser normalizadas, ou seja, capacitadas para a vida no espaço comum da sociedade.

Da década de 80, maior sofisticação técnica científica permitia a manutenção da vida e o maior desenvolvimento de pessoas que, em épocas anteriores, não podiam sobreviver.

Na década de 90, pôde-se constatar que a diversidade enriquece e humaniza a sociedade, quando reconhecida, respeitada e atendida em suas peculiaridades.

Paradigma de Suportes associou a ideia da diversidade como fator de enriquecimento social e o respeito às necessidades de todos os cidadãos como pilar central de uma nova prática social: a construção de espaços inclusivos em todas as instâncias da vida na sociedade, de forma a garantir o acesso imediato e favorecer a participação de todos nos equipamentos e espaços sociais, independente das suas necessidades educacionais especiais, do tipo de deficiência e do grau de comprometimento que estas apresentem.

A transformação dos sistemas educacionais a partir do Paradigma de Suporte tem efetivação ao acesso à escolaridade básica e a satisfação das necessidades de aprendizagem para todos os cidadãos.

No Artigo 26°, proclama, no item 1, que "toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado."; no item 2, estabelece que “educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos”...

Este artigo trata do direito a educação gratuita com deveres na formação da personalidade humana e nos direitos do homem, fazer com que o indivíduo compreenda e tenha tolerância entre as diferenças entre os grupos sejam de natureza racial, religiosa e qualquer outro tipo de diversidade.

Em março de 1990, o Brasil participou da Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em Jomtien, Tailândia, na qual foi proclamada a Declaração de Jomtien. Nesta Declaração, os países relembram que "a educação é um direito fundamental de todos, mulheres e homens, de todas as idades, no mundo inteiro". Declararam, também, entender que a educação é de fundamental importância para o desenvolvimento das pessoas e das sociedades, sendo um elemento que "pode contribuir para conquistar um mundo mais seguro, mais sadio, mais próspero e ambientalmente mais puro, e que, ao mesmo tempo, favoreça o progresso social, econômico e cultural, a tolerância e a cooperação internacional". O Brasil assumiu, perante a comunidade internacional, o compromisso de erradicar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental no país. Para cumprir com este compromisso, o Brasil tem criado instrumentos norteadores para a ação educacional e documentos legais para apoiar a construção de sistemas educacionais inclusivos, nas diferentes esferas públicas: municipal, estadual e federal.

A Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, realizada pela UNESCO, em Salamanca (Espanha), em junho de 1994, teve, como objeto específico de discussão, a atenção educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais.

Abaixo seguem três itens da declaração de Salamanca:

• Todas as crianças, de ambos os sexos, têm direito fundamental à educação e que a elas deve ser dada a oportunidade de obter e manter um nível aceitável de conhecimentos;

• Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe são próprios;

• As pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter acesso às escolas comuns, que deverão integrá-las numa pedagogia centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades;

Os itens acima se referem ao direito a educação, ao acesso a conhecimentos acessíveis, o respeito às capacidades individuais de aprendizado visando sempre à atenção às necessidades individuais de cara pessoa.

O acordo assinado pelo Brasil na Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a Criança visa que “a educação é um direito humano e um fator fundamental para reduzir a pobreza e o trabalho infantil e promover a democracia, a paz, a tolerância e o desenvolvimento”, O Brasil deu alta prioridade à tarefa de garantir que, até o ano de 2015, todas as crianças tenham acesso a um ensino primário de boa qualidade, gratuito e obrigatório e que terminem seus estudos. Acredito que o Brasil tenha plenas condições de atingir os objetivos acordados desde que se preocupe com a reforma escolar proporcionando escolas de boa qualidade, material didático apropriado, formação de professores, transporte e segurança para que as crianças.

A partir da Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadores de Deficiência os Estados Partes reafirmaram que "as pessoas portadoras de deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que outras pessoas e que estes direitos, inclusive o de não ser submetido à discriminação com base na deficiência, emanam da dignidade e da igualdade que são inerentes a todo ser humano".

No seu artigo I, a Convenção define que o termo deficiência "significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária causada ou agravada pelo ambiente econômico e social".

Segue abaixo a lista de Políticas Públicas utilizada para a prática social:

- Constituição federal (1988)

- Estatuto da criança e do adolescente (1990)

- Lei de diretrizes e bases da educação nacional (1996)

- Política nacional para a integração da pessoa portadora de deficiência - decreto n° 3.298 (1999)

- Plano nacional de educação (2001)

- Convenção interamericana para eliminação de todas as formas de discriminação contra as pessoas com deficiência (2001)

- Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica (2001)

A partir da promulgação desta Constituição, os municípios foram contemplados com autonomia política para tomar as decisões e implantar os recursos e processos necessários para garantir a melhor qualidade de vida para os cidadãos que neles residem. Cabe ao município, mapear as necessidades de seus cidadãos, planejar e implementar os recursos e serviços que se revelam necessários para atender ao conjunto de suas necessidades, em todas as áreas da atenção pública.

Um dos pontos abordados no Estatuto da Criança e do Adolescente:

Art. 53, que "a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho", assegurando:

• Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
• Direito de ser respeitado por seus educadores;
• Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

Este artigo trata do direito a igualdade, condições de acesso à escola próxima a sua residência e outros itens fundamentais para proporcionar o total acesso da criança ao ambiente escolar.

POLÍTICA NACIONAL PARA A INTEGRAÇÃO DA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA - DECRETO N° 3.298 (1999)

A política nacional para a integração da pessoa portadora de deficiência prevista no Decreto 3298/99 adota os seguintes princípios:

Segue abaixo um dos artigos escolhidos:

III. Respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade, por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos.

Assegurar ao portador de necessidades especiais o direito a educação, trabalho e lazer são de extrema importância para o convívio e integração em sociedade.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (2001) A Lei n° 10.172/OI

Segue abaixo um dos pontos escolhidos:

• da formação inicial e continuada dos professores para atendimento às necessidades dos alunos;

Para um bom acompanhamento do professor a necessidade apresentada pelo aluno em sala de aula, é fundamental que o professor esteja preparado para lidar com toda e qualquer solicitação desse aluno, aprenda a desenvolver um material acessível e pertinente à necessidade apresentada para que ocorra a socialização desse individuo e o aprendizado em sala de aula.

CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA ELIMINAÇÃO DE TODAS
AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (2001)

Em 08 de outubro de 2001, o Brasil através do Decreto 3.956, promulgou a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.

O Brasil com esse decreto se comprometeu a tomar medidas de caráter legislativo, social, educacional, trabalhista ou de qualquer outra natureza, com o objetivo de eliminar a discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência proporcionando a plena integração à sociedade, eliminar a discriminação e promovendo a integração na prestação de bens, serviços, instalações, programas e atividades, como o emprego, o transporte, as comunicações, a habitação, o lazer, a educação, o esporte, o acesso à justiça e aos serviços policiais e às atividades políticas e de administração.

Trabalhar com as áreas de prevenção as formas de deficiência, tratamento, reabilitação, educação, formação ocupacional e prestação de serviços garantindo o melhor nível de independência e qualidade de vida para as pessoas portadoras de deficiência, sensibilização da população, por meio de campanhas de educação, eliminação de qualquer forma de preconceito ou e demais ações que possam garantir o respeito e a convivência com as pessoas portadoras de deficiência.

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA (2001)

A Resolução CNE/CEB n° 02/2001, instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, que manifesta o compromisso do país com "o desafio de construir coletivamente as condições para atender bem à diversidade de seus alunos".

Resolução que representa uma mudança na perspectiva da universalização do ensino e um marco da atenção à diversidade, na educação brasileira, quando ratifica a obrigatoriedade da matrícula de todos os alunos e assim declara:

"Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos."

Dessa forma, a escola se coloca ao dispor do aluno tornando-se inclusiva.

O documento "Saberes e Práticas da Inclusão no Ensino Fundamental" publicado em 2003 reconhece que:

• Toda pessoa tem direito à educação, independentemente de gênero, etnia, deficiência, idade, classe social ou qualquer outra condição;

• O acesso à escola extrapola o ato da matrícula, implicando na apropriação do saber, da aprendizagem e na formação do cidadão crítico e participativo;

• A população escolar é constituída de grande diversidade e a ação educativa deve atender às maneiras peculiares dos alunos aprenderem.

Reconhece que através de propostas acessíveis inclui todo e qualquer aluno que esteja na fase escolar, proporcionando assim um ambiente escolar digno de suas necessidades na formação do indivíduo.

Fonte: E24e Educação inclusiva : v. 1 : a fundamentação filosófica / coordenação geral SEESP/MEC; organização Maria Salete Fábio Aranha. - Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2004. 28 p.
1.Educação inclusiva. 2. Educação infantil. 3. Diretrizes da educação. I. Brasil. Secretaria de Educação Especial. II. Aranha, Maria Salete F.. III. Título

(Necessidades Educativas Especiais)

O VALOR DA AFETIVIDADE





Síntese do texto: Por uma educação escolar inclusiva afetiva.

A educação inclusiva deve estar atenta que a afetividade funciona como forma de colaboração.

Vigostski argumenta que qualquer atividade deve ter a presença de um estímulo afetivo, principalmente com crianças que tenham atrasos mentais. Sem afetividade não é possível estabelecer um vínculo de aproximação com a criança especial ou qualquer outra.

A afetividade está relacionada com a formação da personalidade e o aprendizado do aluno com NEE, os processos afetivos são fundamentais para o desenvolvimento intelectual dessas crianças.

Damásio (1996) argumenta que a formação das emoções humanas não pode ser separada das atividades ditas da razão. As emoções podem exercer influência no raciocínio tanto positiva como negativa, devemos tomar cuidado com afirmações que separem a razão da emoção pois elas são alheias aos desejos, emoções, satisfações pessoais, como seres totais que somos.

A maneira como o professor se relaciona com o aluno NEE reflete nos demais servindo como modelo. O professor é um modelo de identidade em sala de aula, assim o seu papel é de motivador das relações afetivas. O professor precisa ser incluído através de formação para atuação na área, valorização financeira, ambiente de trabalho afetivo, cordial com o apoio da escola. É importante que não seja cobrado um sucesso sobre a educação inclusiva somente a partir da sua atuação. Para isso é necessária uma estrutura escolar.

Segundo Cole e Cole (2003), há evidências que apontam o desenvolvimento de comportamentos pró-sociais como compartilhar, ajudar, cuidar e mostrar solidariedade, já no segundo ano de vida. Por isso devem ser estimuladas desde cedo.

Quando um aluno auxilia um colega com NEE percebe-se que alguns colegas se motivam a realizar o mesmo, desenvolvendo assim um vínculo posterior de relação. Uns dos primeiros exemplos de solidariedade devem provir do professor, pois representa um modelo de identidade em sala de aula, o professor deve verbalizar ao aluno motivação na realização das atividades, a partir dessa motivação notaremos a emoção na criança e empenho na realização da atividade. Gestos como o de sentar no chão com as crianças, dar chance pra que conversem e exponham o que está acontecendo com eles, transmitir segurança e cuidado são fatores importantes para estabelecer laços de afetividade.

A amizade é um dos sentimentos que se relaciona com a afetividade, quando há amizade ocorre a afeição, reciprocidade e compromisso entre duas pessoas que se consideram mais ou menos iguais, automaticamente as diferenças entre os amigos passa a ser ignorada, eles se igualam.

É necessário que o professor não esqueça que o aluno que não é portador de NEE também precisa de afeto, aprovação. Para que a interação continue entre colegas isso é fundamental.

A afetividade também pode ser utilizada como numa situação conflituosa com o objetivo de crescimento do aluno. Conforme Nietzsche (2003), o mestre deve ser ao mesmo tempo “asas” e “freio” para os alunos , dando condições para que eles se elevem , mas também para que saibam conter seus ímpetos da maturidade.

Referência:
SELAU, Bento. Incusão na sala de aula. Porto Alegre. Evabgraf Ltda., 2007.Cap. 4; p. 81-97.

(Necessidades Educativas Especiais)





Profª: Nara Raquel N. Borges

Acadêmicas: Bárbara Azambuja e Bibiana Oliveira

Título: Projeto de Educação e Saúde Bucal para crianças na Educação Básica

Escola: Escola Estadual de Ensino Fundamental Vera Cruz

Turmas Envolvidas: 1º a 3º ano (I Ciclo)

Período de Duração: Meses de Maio e Junho ( 2 vezes ao mês)

Justificativa: A Escolha do tema deve-se a necessidade de desenvolver o hábito pela higiene bucal, visando a integração entre pais, alunos, professores e profissionais de saúde, proporcionando a interdisciplinaridade entre a escola e o posto de saúde.

A alimentação adequada é um fator muito relevante ao falarmos de higiene bucal, é necessário ter uma alimentação equilibrada. A alimentação deve conter uma ampla variedade de vitaminas e sais minerais, cálcio, fósforo e níveis adequados de Flúor.

Assim como o flúor é o maior protetor dos dentes, as guloseimas são seu maior inimigo. Os açúcares e amidos que fazem parte de vários tipos de alimentos e de bolachas, biscoitos, doces, frutas secas, refrigerantes e batata frita combinam-se com a placa bacteriana produzindo substâncias ácidas. Estas substâncias atacam o esmalte e podem formar Cáries.

Cada "ataque" pode durar até 20 minutos, após o término da ingestão do alimento. Até as "beliscadas" podem criar ataques ácidos da placa. Portanto, é recomendável não comer entre as refeições.

Falar da importância de se alimentar bem, indiretamente é falar de higiene bucal. É importante que os hábitos sejam criados durante a infância.

Ter como relevância à prevenção de doenças bucais e o hábito da escovação, formação de uma cultura de higiene nas crianças integradas ao projeto é também prestar atenção para a importância de uma alimentação saudável. As crianças ao entrarem em contato com a rotina de escovação serão estimuladas a criar o hábito de higiene e promoção de saúde oral.

Objetivo Geral: Propor a parceria entre a escola, o posto de saúde e familiares, visando à promoção de saúde e o hábito de higiene bucal.

Objetivo Específico: Divulgar o projeto na escola e comunidade, promover a hábito de higiene bucal nas crianças do 1º ao 3º ano. Orientar a utilização da escova, pasta, fio e aplicação do flúor pelos profissionais de saúde.

Metodologia: Propiciar momentos de reflexão e informações sobre o efeito da alimentação na saúde oral com a participação de professores, alunos e comunidade.

Reuniões com os professores e auxiliares da escola, para socializar e recolher sugestões. Posteriormente a apresentação do projeto aos pais para que ocorra a compreensão da família e a continuidade em casa.

A abordagem pedagógica será através de jogos, material de colorir, dinâmicas, cartazes construídos pelos alunos, tudo com o objetivo de explorar o tema de saúde bucal.

1ª – Reunião com professores e auxiliares da escola com a necessidade de conscientização e integração no ambiente escolar perante ao projeto apresentado, visar a motivação e a forma correta da utilização do material adequado ao projeto com noções básicas de higiene bucal, técnicas de escovação e identificação dos principais problemas bucais dos alunos.

2ª – Organizar perante toda a comunidade (professores, pais, alunos e profissionais da saúde), uma oficina de escovação, os professores e os profissionais de saúde terão a função de explicar, informar, conscientizar e esclarecer dúvidas futuras que possam surgir no decorrer do projeto. Projeto no qual deve ter a sua continuidade durante todo o ano letivo, sendo estipulado que sempre após as refeições as crianças serão levadas ao banheiro para que seja feita a higiene bucal.

3ª - Criação do personagem Zé Bocão


Material Utilizado:

- Folhetos explicativos, com ajuda de patrocínio caso aja a necessidade;
- Material em sala de aula como vídeos que contenham historinhas infantis com a proposta, desenhos, material para colorir, jogos, cartazes;
- Escovas, pasta dental, fio dental com a distribuição entre todos os participantes;
- Banheiro com pias adequadas para a altura da criança com espelhos;
- Utilização de sucata pra a confecção do personagem Zé Bocão;
- Recursos Humanos: Enfermeira do posto, Dentista, Professores, Funcionários e Familiares.

Redes de Apoio: O posto de saúde juntamente com os profissionais, contato com representantes de distribuição e venda de pastas e escovas de dentes para que ocorra a distribuição através de doação do material tais como: escova dental, pasta dental, fio dental, flúor.

Avaliação: A avaliação será processual e continuada em reuniões pedagógicas e nas oficinas realizadas com as crianças, considerando a participação, envolvimento e sistematização.
- Identificar movimentos de escovação
- Socializar o conhecimento aprendido na escola, envolvendo sua família,

Cronograma:
1º encontro: Visita do dentista e enfermeiro à escola(conversa com as crianças e professores)

2º encontro: Relembrar através da rodinha o que foi conversado e falado no encontro anterior. Confeccionar com sucata o personagem Zé Bocão.

3º encontro: Apresentação de um vídeo para conhecimento de uma música sobre escovação. Aplicação de jogo pedagógico.

4º encontro: Conversa em rodinha e pintura de desenhos sobre o assunto. Expor os trabalhos desenvolvidos durante a aplicação do projeto para os pais e familiares.


Exemplo de Atividade:


Referências:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde Bucal / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 92 p. il. – (Cadernos de Atenção Básica, n. 17) (Série A. Normas e Manuais Técnicos) ISBN 85-334-1183-9
1. Saúde Bucal. 2. Promoção da saúde. 3. Saúde pública I. Título. II. Série.

Bastos, Eduardo Jornada. - Sorria! A Saúde da Boca Bate á Porta/ Eduardo Jornada Bastos – Santiago: Prefeitura Municipal de Santiago, 2007. 16p. Il.
Cartilha ilustrada para orientação em saúde bucal.
1. Odontologia Preventiva. 2. Saúde Bucal. 3. Educação em Saúde. I. Título.

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Serviços Odontológicos: Prevenção e Controle de Riscos / Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 156 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) ISBN 84-334-1050-6
1. Odontologia. 2. Controle de risco. I. Título. II. Série.

http://dab.saude.gov.br/cnsb/publicacoes.php

http://www.colgate.com.br/app/BrightSmilesBrightFutures/BR/OHE/HomePage.cvsp

(Educação e Saúde)

Paulo Freire (2007) no seu texto “Pacientes Impacientes” cita cinco princípios que considera fundamentais aos educadores(as): saber ouvir; desmontar a visão mágica; aprender/ estar com o outro; assumir a ingenuidade dos educadores(as) e viver pacientemente impaciente. Abaixo segue uma apresentação com o primeiro princípio: Saber Ouvir.



Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa.
Caderno de educação popular e saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa,
Departamento de Apoio à Gestão Participativa. - Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 160 p.: il. color. (Serie B. Textos Básicos de Saúde).

Texto: FREIRE, Paulo. Pacientes impacientes. p.32-45.

(Educação e Saúde)


Historicamente o que podemos constatar é que inicialmente foi construído um “cordão sanitário”, uma linha imaginária que afastavam os pobres com finalidade de não contaminar os ricos.

A proposta de educação em saúde criou uma lógica que identificava as classes populares conforme Cecília Coimbra denomina de “classes perigosas”, como ignorantes e sujas para a sociedade. Partindo desse princípio constatamos que as pessoas que não tiveram acesso à escolaridade são ignorantes, e como consequência, pobres e desempregadas, e pela falta de conhecimento vivem em condições de falta de higiene. A partir desse parâmetro podemos dizer que a educação e saúde passam por quatro eixos: água, higiene, habitação e escola.

Em 1941, a Comissão sugerida por Moura entrega seu relatório contendo as seguintes recomendações: a) o controle de entrada no Rio de Janeiro de indivíduos de baixa condição social; b) o recâmbio de indivíduos de tal condição para os seus estados de origem; c) a fiscalização severa quanto às leis que proíbem a construção e reconstrução de casebres; d) a fiscalização dos indivíduos acolhidos pelas instituições de amparo; e) promover forte campanha de reeducação social entre os moradores das favelas de modo a corrigir hábitos pessoais e incentivar a escolha de melhor mora dia (VALLA, 1986, p.36-37).

Ao lado do Parque Proletário foram construídas casas populares, tinham a presença da igreja, posto policial e da escola de educação física. Os moradores possuíam carteira de identificação e mostravam à noite nos portões que eram fechados às 22h. Todas as noites às 21h, o administrador, falava aos moradores sobre acontecimentos do dia, aproveitando para dar lições de moral caso fossem necessárias.

Como podemos contatar do que foi retratado anteriormente, tem sido criado na perspectiva da educação e saúde, o preconceito em relação ao pobre. Assim estamos falando de educação e saúde de cima pra baixo, esperando que as populações mais pobres tenham uma postura submissa em relação à sociedade.

Podemos evidenciar a questão do “fracasso escolar”, estudos (VALLA; HOLANDA, 1994) indicam que as crianças que são provenientes de classes populares e que tem acesso a escola pública poucas permanecem, tendo assim uma elevada evasão e repetência nas séries iniciais, essa evasão ocorre muitas vezes quando a criança sai da escola por conta própria ou por que arruma um emprego.

A dificuldade de compreender o fracasso escolar é a tendência de querer explicá-lo como uma questão de deficiência em saúde. Assim sendo, ouve-se com frequência justificativas para o mau desempenho escolar, que incluem tanto o fato da criança ter algum problema de saúde física, tais como problemas de visão, audição, desnutrição, distúrbios neurológicos, entre outros, quanto ser portadora de problemas psicológicos ou distúrbios de comportamento, como o excesso de agressividade, apatia ou dificuldade de concentração, que as impedem de aprender e limitam seu desenvolvimento escolar (VALLA; HOLLANDA, 1994).

Como podemos constatar com os exemplos da habitação popular e o fracasso escolar, a questão da educação e saúde está em vários segmentos da sociedade.

Dentro ainda dessa perspectiva podemos chamar a atenção para a chamada “empresa médica” ter se tornado um grande perigo na sociedade, contrariando o propósito de contribuição e solução dos problemas de saúde e doença da população. Diante da imposição dos profissionais de saúde ao determinar as prescrições desqualificando os saberes populares, reduz-se significativamente o nível global de saúde da sociedade, reduzindo o que constitui a saúde de individuo: a sua autonomia pessoal (ILLICH, 1975).

Entre as décadas de 80 e 90 foi criado um núcleo denominado ENSP, com o objetivo de ser uma instituição federal e pública, mantida pelos impostos que a sociedade paga. Seu propósito principal consistia em formar profissionais da saúde pública e também o de oferecer subsídios técnicos e assessoria a entidades populares da sociedade civil, como os sindicatos, associações de servidores públicos e moradores.

Um exemplo de como ocorria à atuação desse órgão municipal de saúde. O técnico explica para as mães a necessidade de ferver a mamadeira e o leite antes de oferecer ao bebê. As mães assimilam a lição, repetem o procedimento em casa, e na hora de viajar de ônibus para trabalhar com a criança, colocam a mamadeira esterilizada numa sacola junto com os sapatos, dinheiro de passagem e outros utensílios (VALLA, 1997).

Como podemos ler no exemplo anterior os profissionais da ENSP estavam estabelecendo uma relação de poder através do conhecimento repassado, não estavam levando em consideração o modo de vida dessa população.

O que foi discutido nesse texto expõe uma “construção desigual” de conhecimento, mostra que os projetos criados não são discutidos pelos representantes do Estado e as classes populares visando às necessidades dos mesmos. O que deve haver é a combinação das duas contribuições gerando uma terceira, assim solucionando os problemas de educação e saúde das classes menos favorecidas.


Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa.
Caderno de educação popular e saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa,
Departamento de Apoio à Gestão Participativa. - Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 160 p.: il. color. (Serie B. Textos Básicos de Saúde).

Texto: VALLA, V. V.; GUIMARÃES, M. B.; LACERDA, A. Construindo a resposta á, proposta de educação e saúde. (P.58-66)



(Educação e Saúde)

CONCEITO SOBRE SAÚDE


Acredito que a promoção em saúde deve ser aplicada inicialmente junto a comunidade, aproximar os pais da escola e apresentar campanhas que venham a estimular e promover a saúde em casa tendo continuidade em sala de aula. É muito importante uma visão multidisciplinar que envolva a comunidade, a escola e o ambiente em que essas pessoas vivem.

A escola deve proporcionar ao aluno o desenvolvimento físico e mental, para que isso ocorra esta criança deve estar vivendo em um ambiente saudável em casa, por isso é fundamental a participação e comprometimento dos pais. O acompanhamento dos profissionais de saúde na comunidade é essencial. O professor e a escola que desenvolvem este tipo de integração recebem um retorno por parte deste aluno muito bom, conseguindo assim desenvolver as atividades propostas para a turma.

Um aluno que tenha o reconhecimento dos seus pais, que seja bem alimentado, tenha acompanhamento dos profissionais da saúde, desenvolve melhor as atividades sociais e em sala de aula. O professor também deve estar atento a alguma alteração no desenvolvimento das crianças, alunos que apresentem algum tipo de deficiência mental ou física, algum tipo de dificuldade no aprendizado ou outro tipo que o difere da turma, deve ter uma atenção maior sendo devidamente inserido na turma, para que ocorra um desenvolvimento na medida do possível para tal diferença apresentada perante o grupo em aula.

A Pedagogia também é parte fundamental para crianças internadas em hospitais, auxiliando e oportunizando a continuidade do desenvolvimento dessas crianças que foram tiradas do seu convívio escolar e social.

O conceito que eu tenho de saúde é esse, priorizar o bem estar social e o desenvolvimento físico e mental de crianças na fase pré-escolar até a fase adulta, contando com uma equipe multidisciplinar, e com o apoio dos pais para que o trabalho seja completo e obtenha resultados.


(Educação e Saúde)

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Porto Alegre, RS, Brazil
Sou estudante de Pedagogia - Licenciatura da Rede Metodista de Educação do Sul - IPA, do 3º sem do ano letivo de 2010/1. Este Blog tem por objetivo a exibição do material desenvolvido e trabalhado em sala de aula durante o semestre.

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